POESIA

EL FOGON

LA NOSTRA STORIA


Questa ze la nostra storia
Lunga  e bela de sonar 
Se le scolta sempre l´aria  
Lora cosi se vá catar                       

Semo diese fredei
Slevai a scuria in mam
Lora polito sti putei
Magnava salame formaio e pam

Quando gue giera la puina
Mama mia come i manhava
El fogon scaldava la cosina
E la mama  mai se fermava

Boni ricorde de questa vita
Mai piu se smorsará
Ma la fameia sempre unita
Unita el mondo  la ga luntaná

La la la la la la
La la la la la la 
La la la la la la
La la la la la la                            

Refrão  – bem andante
Um giorno pien brina
Fa fredo a la matina    
Bianca cufá  puina     
E descalci se camina       

                  Enepê

A ODE DOS IMIGRANTES ITALIANOS

A longa e larga América,
Surpresas por mais mostrasse,
Seria o caminho para o Éden,
Num mundo chamado “Mérica”!

Outra vida fez-se obrigatória,
Arrumar o que restava e zarpar,
Tornava-se a única trajetória,
Para poder a vida continuar!

Longe, muito longe de sua terra!
Sempre sacudida por terremotos!
Não bastasse tremores, vinha a guerra,
E sua querida terra aos destroços!

Trinta e seis dias de mar tenebroso,
Enfim, o Éden para a Ode cantar,
Num país de paz e generoso,
Para a sofrida vida recomeçar!

Nunca mais veriam seu povo!
Sabiam disso muito bem!
Mas a esperança do mundo novo,
A única estrela de Belém!

A saudade escancarava a alma!
A lembrança dos bons momentos,
O que restava para irrigar a calma!
Lá longe no além-mar de alentos!

Com novos povos se encontraram
Sendo saudade comum fator,
De mãos dadas se agruparam
Construindo novo mundo promissor!

Tudo recomeçou,
Muito se trabalhou,
A vida prosperou,
O velho mundo lá ficou!
Tudo mudou!
…E a alma respirou!
Onde a ode se cantou,

Vinhedos ao infinito
Grandes cidades,
Mais que bonito
‘I gá fato polito’!

De filó em filó,
Cantorias de dar dó,
Da viagem tiravam o pó,
…Hoje “tció”!…

Ah! Que saudade filó!

SABIÁ, poeta da picada